sf (bio+grafia2) Descrição da vida de uma pessoa.

Difícil, para um escritor, escrever sobre si mesmo. Descrever a própria vida sem parecer chato é um trabalho considerável.

Não posso dizer que a paixão pela escrita nasceu cedo. Ela chegou aos 15 anos, quando nas férias eu estava tendo aulas de recuperação em matemática – nunca fui boa com números. Enquanto enganava a mim mesma dizendo que estava estudando, criava histórias com a turma do colégio. E, claro, tudo acabava em romance.

Tempos depois, um sonho me levou a escrever um conto ambientado no Velho Oeste, pois nessa época eu adorava estes filmes. Infelizmente, a história de amor bandido do casal nunca chegou a um desfecho e o livro foi descartado. Mas ele teve seu propósito. Aos 17 anos, sabia que tinha o mais importante: a imaginação.

Aos 18, iniciei a faculdade de Letras, mas suportei a vida corrida – trabalhar 10 horas por dia e estudar a noite – apenas por um semestre. Mas as sinopses e os contos e as histórias inacabadas ocupavam boa parte de minha estante no quarto. Assim como os romances que pegava com minha irmã, fã ávida de literatura estrangeira.

Aos 22, iniciei a faculdade de Jornalismo. Confesso que não trago boas lembranças dos 4 anos em que passei lá – no primeiro semestre minha mãe faleceu e no sexto semestre, meu pai. Talvez por isso tenha trabalhado tão pouco na área jornalística.

De lá para cá, muita coisa aconteceu, muito tempo passou e muitas histórias nasceram. A maioria surge de sonhos, ou apenas uma palavra ou uma frase fazem a saga jorrar.

E as várias sinopses vão entrando na fila, sendo aperfeiçoadas até chegar à fórmula que me encanta: histórias recheadas de lendas, mistérios, de personagens enigmáticos, de lugares fictícios e de encontros inesperados. E, no meio de tudo isso, muito romance. E, neste sentido, sou piegas: apesar do tom “sobrenatural”, adoro finais felizes!

Este é o resultado de muito trabalho, anos de pesquisa, paciência e dedicação. Espero que goste!